segunda-feira, 11 de julho de 2011

Memorial Elice: É tempo de travessia...

1 Apresentação
O presente Memorial é parte integrante das atividades do Curso Formação de Formadores Presenciais, oferecido pela Escola de Governo do Distrito Federal (EGOV).
Nesse sentido, escrever sobre a minha trajetória escolar me traz à memória doces lembranças e muitas reflexões. Desde criança, quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, eu sempre dizia que queria ser professora. Para isso, desde cedo tive bons modelos que me motivavam a seguir em frente nesse sonho.

2 O sonho e a realidade

2.1 O sonho
As minhas primeiras professoras foram as que mais contribuíram para alimentar o meu sonho de ser educadora. Da professora da pré-escola, tenho muito boas recordações. Ela era muito inteligente, falava inglês e já tinha morado nos Estados Unidos. Contava muitas histórias legais daquele país e eu sonhava com o dia em pudesse ir lá e ver todas aquelas coisas legais. Além disso, ela nos levava a passeios incríveis, como: fazer pic-nic na cachoeira, pegar caju, visitar órgãos públicos como correios, bancos e a prefeitura. Passeios esses que até hoje povoam a minha memória com doces recordações.
Na primeira série, encontrei a minha professora preferida, que me motivou mais ainda a querer fazer magistério. Ela era muito amável, atenciosa e carinhosa. Além disso, quando eu tinha uns nove anos, sempre ajudava uma vizinha que dava aula num bairro carente da cidade. Queria muito ser professora quando crescesse! Assim, a cada dia, alimentava mais ainda esse sonho. Fiz magistério e achei o curso muito legal, me identificava muito com as disciplinas e os trabalhos pedagógicos. Não via a hora de concluir aquele curso e assumir a minha primeira turma.

2.2 A realidade
Ao concluir o curso, fui indicada dar aula em uma escola particular para uma turma de 3ª série. Já na primeira experiência tive um pouco de desencanto com a profissão, achei muito complicado e trabalhoso. Depois tive uma doce experiência com uma turma de maternal. Contudo, essas experiências me levaram a refletir sobre a minha atuação como professora e percebi que, na verdade, não era bem aquilo que eu queria. Realmente não me identifiquei com a atividade, apesar de ter profunda admiração por aqueles que se dedicam a essa nobre atividade, que para mim, precisa ser um ato de amor.
Graças a Deus sempre temos a oportunidade de fazer novas escolhas. A partir daí, busquei novos caminhos e cursei Administração de Empresas, área com a qual me identifiquei muito, especialmente pelo grande leque de áreas de atuação que oferece. Gosto muito de Direito, mas ainda não tive disposição para fazer uma graduação nessa área. Trabalhei em duas empresas privadas, dos ramos de implementos agrícolas e construção civil, um verdadeiro aprendizado para a vida. Em termos profissionais, nessas empresas vivi as maiores experiências da minha vida. Fui secretária e atuei em várias áreas, como compras, financeiro, qualidade, e etc. Em 2005 ingressei no GDF, como Analista de Administração Pública – especialidade Administrador. Fui lotada na Escola de Gestão Pública, lotação essa que, de início, não me agradou. Essa foi a minha primeira experiência no serviço público e me decepcionou muito. Na primeira semana de trabalho só pensava em pedir exoneração e voltar para a iniciativa privada. Depois, com a convivência, fui conquistada pelos colegas, pessoas comprometidas com o trabalho e com os objetivos do órgão, de forma que hoje me sinto bem aqui. Na Escola de Governo, tenho atuado no planejamento e na coordenação dos eventos de capacitação, atuando desde a elaboração de Projetos Básicos até a execução.

3 Considerações finais
Ao longo desses anos, cada vez mais, descubro que não tenho muita vocação para sala de aula, mas acho importante conhecer como ocorre o processo de ensino-aprendizagem para o desempenho das minhas atribuições na EGOV. As discussões e reflexões realizadas durante o curso foram importantes para ampliar a minha visão sobre a ação pedagógica e certamente contribuirão em muito para o desenvolvimento dessas atividades junto à Escola de Governo. Contudo, percebo que tenho mais perfil para áreas de auditoria, legislação e outras áreas relacionadas ao controle na administração pública, e no momento, o meu projeto de formação continuada é voltada para essas áreas. Sala de aula? No momento, não tenho essa intenção. Quem sabe quando eu me especializar nessas áreas? com certeza farei isso para contribuir com um serviço público de qualidade. Afinal, independente de estarmos ou não em sala de aula, sempre estamos ensinando e aprendendo.

2 comentários:

  1. Parabéns, Elice! Bela trajetória e bela reflexão!.

    Grandea abraço.

    Joana

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  2. Obrigada, Joana,

    É a vida, precisamos ser realistas...rsrsrs

    Abs,

    Elice

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